Liliane Pereira

Consciências

Mês de novembro marca uma trajetória especial sobre o poder que o ser humano tem de se conectar consigo mesmo, seja porque o ano está findando ou revisitamos nossos planos, projetos e propósitos, seja porque falamos de temas sensíveis.


O que é consciência?  

Segundo a filosofia, consciência é a percepção que o ser humano tem daquilo que acontece dentro dele como sentimentos, pensamentos e fora dele, tais como visão de mundo, capacidade de discernir entre certo e errado, dentre outros. O que isso tem a ver com saúde?


Vamos ver

Já tinha mencionado na coluna anterior, em 9 de novembro, sobre a tensão e a ansiedade que podem aparecer quando as expectativas não confluíram com a realidade e emerge um sentimento de frustração. Nesse momento, é preciso tomar consciência de que expectativas são horizontes a serem perseguidos.


Falando nisso 

A relação que a gente estabelece com os nossos sonhos também precisa ir na mesma vertente. É basilar ter sonhos, esperanças, desejos, mas estes devem estar dentro de um contexto, pontuados por algumas atitudes que conduzem ao êxito do sonhado, desejado.


Voltado ao tema

A consciência humana parece perder sua razoabilidade quando a população negra precisa exigir respeito, mostrar, a partir de dados estatísticos, porque são tão importantes as cotas ou ainda, o que leva uma sociedade a segregar por causa da cor. Só uma pergunta: Quantos negros/negras já lideraram você ou têm cargos de gestão ao seu redor?


Portanto

É importante salientar que as justificativas que brotam das nossas cabeças ao ler essas palavras não são para amortizar e até anestesiar nossa consciência, antes é para produzir sentimentos em cada um e, a partir desses, posicionar-se. A pessoa humana não pode e nem deve perder sua capacidade de esperançar-se e indignar-se diante das realidades que se lhe apresentam.


Seguindo

Não é para você concordar ou discordar do título desta coluna, é para a gente deixar se inquietar sempre mais diante das iniquidades sociais, dos nossos desejos de um mundo mais justo e mais fraterno e acima de tudo para a gente perceber que “se um membro do corpo sofre todo corpo sofre (ICor 12,26)” então se a sociedade adoece, adoecemos todos de igual maneira.

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